16 de março de 2013

O que pode prejudicar a qualidade do sono

TV, claridade, temperatura e alimentação podem atrapalhar na hora de dormir

POR FERNANDO MENEZES

Ter um sono de qualidade é essencial para a manutenção do bem-estar e da saúde, e por isso, quando a qualidade do sono não é das melhores, o nosso corpo logo dá sinais. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 40% da população brasileira diz ter problemas para dormir ou classificou o seu sono como de má qualidade. Alguns distúrbios, como bruxismo, síndrome das pernas inquietas e apneia do sono podem ser causadores da dificuldade de dormir. 

Mas muitas vezes é o nosso descuido na hora de preparar o quarto para dormir que afeta o nosso sono. "Existem doenças que atrapalham o sono, mas na maioria das vezes basta um pouco de cuidado antes de deitar, para dormir bem e recuperar as energias para o dia seguinte", diz o especialista em sono, Daniel Inoue, diretor do Instituto do Sono do Hospital Santa Cruz. Veja alguns erros bastante comuns que são cometidos na hora de dormir. 

Luz acesa

Quando o cômodo em que dormimos está muito claro, o nosso corpo não produz a melatonina, o hormônio responsável pelo sono. "A luz consegue chegar ao nosso globo ocular mesmo quando estamos com as pálpebras fechadas. Sob a influência da claridade, a melatonina é bloqueada e não conseguimos ter uma boa noite de sono. Por isso, quanto mais escuro estiver o quarto, mas rápido uma pessoa dorme e melhor é a qualidade do sono", diz o especialista. 

Barulho

Além de interromper a ação da melatonina devido a claridade, a televisão também atrapalha por fazer barulho de forma não contínua. "O nosso sono é dividido em fases: o sono superficial e o sono profundo. É apenas na segunda fase que o corpo consegue recuperar as energias. Quando há uma alternância entre sons altos e baixos, o organismo fica em estado de alerta e não conseguimos passar para a fase profunda do sono", diz Daniel Inoue. O mesmo acontece com quem tem mania de ouvir músicas agitadas na hora do repouso.

Outro ponto negativo da televisão é que, normalmente quando uma pessoa está com insônia, ela vai logo ver um programa na TV."Isso só nos deixa com menos sono ainda", explica o especialista.  
Dormir com tv ligada

Temperatura

 Deixar o quarto em uma temperatura amena também é importante na hora de dormir. De acordo com Daniel Inoue, o nosso metabolismo fica acelerado quando o cômodo está muito quente e abafado, o que diminui a qualidade do sono. Já um quarto muito frio pode causar tremores e contrações musculares durante a noite, que, assim como a variação do som, faz com que o nosso corpo tenha dificuldade de entrar na fase de sono profundo.

"O ar-condicionado não tem nenhum problema se a pessoa estiver acostumada. Mas ele resseca muito o ambiente. Se realmente for um dia mais seco, em que não houve chuva, aquele lugar vai ter pouca umidade. A dica é colocar alguma vasilha com água ou umidificador e nunca esquecer de que os aparelhos de ar condicionado precisam de manutenção, senão a quantidade de alérgenos e poluentes aumenta", observa o otorrinolaringologista e diretor da Associação Brasileira do Sono, Michel Cahali.

A qualidade do ar

A qualidade do ar dentro do ambiente é outro fator crucial para a melhora da noite dormida. Um ar seco, cheio de poluentes, afeta a respiração e prejudica o sono. A não circulação do ar no quarto pode deixar a pessoa com o nariz congestionado e a garganta irritada. Por conta disso, há a possibilidade de o indivíduo acordar no meio do pernoite e não conseguir mais dormir. 
Travessreiro

Travesseiro

Escolha bem seu travesseiro! Além de causar torcicolos, escolher errado um travesseiro também diminui a qualidade do seu sono.

Dicas para você dormir melhor

Mude o travesseiro, ajuste o colchão e relaxe o corpo na posição certa

POR MINHA VIDA -

  • Dormir bem melhora o humor, a memória, previne doenças e faz você viver mais. A ciência não para de comprovar os benefícios de uma noite bem dormida. Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine provou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. A partir da análise de 2.800 pessoas, os resultados mostraram que cerca de 65% das pessoas relataram que sua qualidade de sono foi boa ou muito boa e o tempo médio diário de sono foi 7,5 horas, incluindo cochilos. Os mais velhos, de 100 anos ou mais, eram 70% mais propensos a relatarem uma boa qualidade de sono do que os participantes mais jovens, de 65 a 79, após controle de variáveis como as características demográficas, socioeconômicas e de saúde. Em contrapartida, quem sofre de insônia crônica corre três vezes mais riscos de morrer do que aqueles que não tem o problema. É o que mostra a pesquisa do National Heart Lung and Blood Institute, dos Estados Unidos, que envolveu mais de 2.200 participantes, apresentada este ano na 24ª reunião anual da Associated Professional Sleep Societies, no Texas. Mas a falta de sono costuma ser um problema? Às vezes, basta alguma mudança simples nos hábitos antes de dormir, no travesseiro ou no colchão para resolver este drama. Confira as dicas abaixo. 


  • Travesseiro, o melhor amigo 

  • Acredite: o seu apoio para cabeça é fundamental para se ter uma boa noite de sono. Na hora de escolher, você precisa considerar o material de que ele é feito e, claro, a posição em que é colocado. A melhor posição para dormir é de lado. Assim, a coluna fica longe das dores e os músculos também.

  • Nesse caso, a altura do travesseiro tem que ser igual a distância entre o pescoço e a parte externa do braço. Já para quem dorme com a barriga para cima, o melhor é levar para a cama um apoio mais baixo, preenchendo o espaço entre o pescoço e a nuca, sem comprimir a coluna.

  • De bruços, jamais! 

  • A pessoa que dorme de barriga para baixo acorda cansada e toda dolorida, pois o rosto não pode ficar afundado no travesseiro. Além disso, as regiões torácica e a lombar são prejudicadas nessa postura.

  • Até ele se aposenta 

  • O travesseiro deve ser trocado, no mínimo, a cada dois anos. Na hora de escolher o melhor modelo, é importante observar algumas regras. Apoios de pena, por exemplo, podem exalar um odor forte capaz de incomodar olfatos mais sensíveis, embora muita gente se adapte a ele. Ideal, sempre, é dar preferência a enchimentos que se deformam com menos facilidade (como espumas mais resistentes).

  • O tamanho também conta. É melhor que seja largo para não sair do lugar com qualquer movimento do seu corpo durante a noite. E, mesmo que possa parecer um mico, o ideal é experimentar o modelo escolhido ainda na loja. 
  • Travesseiro - Getty Images
  • Travesseiro: certo e errado 

  • De lado (Certo): Mantenha a coluna alinhada e os braços abaixo do queixo. Os joelhos devem estar flexionados e com um travesseiro fino entre eles para impedir a sua rotação. Isso também evita que a região lombar fique estendida, o que, a longo prazo, pode provocar hérnia de disco.

  • De lado (Errado): Nunca deixe a mão sob a cabeça, porque essa postura compromete a circulação no braço e força o travesseiro contra o rosto, o que favorece o aparecimento de linhas de expressão. Procure, ainda, não dormir com o corpo todo encolhido. (faça um bom alongamento antes de deitar)

  • Barriga para cima (Certo): Coloque um travesseiro fino ou um rolinho de espuma sob os joelhos para que permaneçam semi-flexionados durante a noite, deixando os quadris bem posicionados e os músculos da região lombar relaxados.

  • Barriga para cima (Errado): Não é correto dormir com as pernas muito esticadas, porque isso força a região lombar. Além disso, nunca dobre o travesseiro para que ele fique mais alto, porque aí a tendência é repousar a cabeça sobre a dobra, forçando demais a região cervical. A regra de não dobrar, aliás, é válida para todas as pessoas. 
  • Colchão sem pressão - Getty Images
  • Colchão sem pressão 

  • "O colchão ideal para um sono tranquilo não pode ser muito macio nem muito firme, ou seja, deve simplesmente se amoldar ao corpo confortavelmente", ensina a diretora da Copespuma, Gisele Sapiro. Prefira os de látex, que tem como benefício principal o fato de se adaptarem com perfeição aos contornos do corpo, aliviando os pontos de pressão .  
  • Dicas para dormir bem - Getty Images
  • Dicas para dormir bem 

  • Pode parecer bobagem, mas alguns conselhos básicos podem ajudar você a ter um sono perfeito. O neurologista Shigueo Yonekura, do Instituto de Medicina e Sono da Unifesp, dá dicas simples de como espantar a insônia:

  • 1- Antes de ir para o quarto, é fundamental aplacar as ansiedades do dia a dia. Não vá para a cama assim que chegar do trabalho. Primeiro tome um banho morno, procure relaxar, para só então ir se deitar. 
  • Desligar a TV - Getty Images
  • 2- Desligar a TV e o computador é um método bastante eficaz. A luz desses aparelhos atrasa a produção das substâncias responsáveis pelo aviso de que é hora de dormir. 
  • Exercícios físicos - Getty Images
  • 3- Exercícios físicos devem ser feitos até quatro horas antes de ir dormir, ou o corpo ainda estará agitado. Na cama só vale o sexo que, aliás, é ótima para relaxar. 
  • Chá para pegar no sono - Getty Images
  • 4- Um chá também ajuda, porém, é preciso escolher as ervas certas.Nada de tomar chá preto ou verde, ricos em cafeína, que é estimulante. Infusões de melissa e camomila induzem ao sono e ainda melhoram a sua qualidade. 
  • Coma pouco à noite - Getty Images
  • 5- Coma pouco à noite. Faça uma refeição leve, usando, por exemplo, aspargos, palmito, arroz, batata, aveia e soja. Tomar sopas com esses ingredientes é uma excelente pedida, principalmente nas noites mais frias. 
  • Proteínas de noite - Getty Images
  • 6- Aquele bife suculento jamais deve ser comido à noite, porque a proteína que compõe esse alimento ativa o sistema nervoso simpático, responsável, entre outras funções, por deixar seu corpo em estado de alerta, favorecendo, assim, maior descarga de adrenalina. 
  • Ritual para dormir - Getty Images
  • 7- Siga um ritual interessante. Depois do banho morninho, acenda uma lâmpada azul e pingue algumas gotas de óleo de lavanda no travesseiro. Essa técnica acalma os pensamentos, relaxa o corpo e induz a um sono melhor. 
  • Copo de leite - Getty Images
  • 8- Um copo de leite morno também ajuda a encontrar o caminho para um sono tranquilo, porque o alimento possui (em concentração não muito grande, é verdade), o triptofano, que é um precursor de serotonina, outro neurotransmissor que está fortemente associado ao relaxamento profundo. 
  • Cuidado com o álcool - Getty Images
  • 9- Cuidado com o álcool. Não se engane com aquela relaxadinha gostosa que o álcool oferece, porque, após alguns goles, essa substância pode afrouxar estruturas da região da faringe comprometendo a respiração. O resultado é o insuportável ronco, que prejudica as fases do sono, ou o efeito rebote, que é quando a pessoa acorda várias vezes no meio da noite. 
  • tempo de sono ideal - Getty Images
  • 10- Tenha o tempo de sono ideal. Procure dormir, ao menos, sete horas por noite. 

11 de março de 2013

Tire suas dúvidas sobre as principais causas do câncer


Entenda o papel da genética e da alimentação no surgimento da doença
POR MANUELA PAGAN - ATUALIZADO EM 04/02/2013


DNA - foto: Getty Images





Genética

No Congresso, os especialistas apresentaram um estudo com 748 pessoas, incluindo profissionais de saúde, e 90% do grupo disse acreditar que a genética aumenta significativamente o risco de câncer. "Na realidade, apenas 5% a 8% dos tipos de câncer são, dependendo de sua localização, de fato causados por um gene herdado", afirma o oncologista Artur Malzyner, da Clinonco, de São Paulo. De acordo com o oncologista, a confusão provavelmente se dá porque existem fatores externos, como o tabaco, o álcool e substâncias presentes no plástico (como o bisphenol A) que causam a mutação dos genes, servindo como gatilho para um câncer. "Mas existem tipos de câncer com predisposição mais alta em caso de doenças de cunho genético, é o caso da polipose familiar do cólon (crescimento que se projeta da parte interna do cólon ou do reto)", diz o especialista.


Dieta desintoxicante

Quando questionados sobre como reduziriam seu risco de câncer, 27% dos entrevistados acreditavam que colocar em prática uma dieta de desintoxicação seria um bom método, enquanto 64% achavam que a comida orgânica protege contra o câncer. O nutricionista Fábio Gomes, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), explica que o agrotóxico provoca vários problemas de saúde, mas a relação entre eles e o aparecimento do câncer ainda não é certo. Na dúvida, alimentos orgânicos continuam sendo a opção mais segura.


Carne vermelha

Cerca de 40% dos entrevistados desconhecia a relação entre o consumo da carne vermelha e o aumento do risco de câncer. Vários estudos já revelaram que comer muita carne vermelha pode ser prejudicial à saúde. Um deles, realizado pela Universidade de São Paulo e apresentado no Congresso da Sociedade Americana do Câncer, aponta o alimento como fator de risco para o câncer de intestino. A pesquisa revelou que quem consome carne bovina ou suína diariamente, em qualquer quantidade, apresenta 35% mais chances de desenvolver câncer de intestino grosso.


Carne processada

Está aqui um dos fatores de risco mais conhecidos, 85% dos participantes sabiam do risco de ingerir carne processada. O nutricionista Fábio Gomes explica que linguiça, salsicha, bacon e até o peito de peru contêm quantidades consideráveis de nitritos e nitratos. Essas substâncias, em contato com o estômago, viram nitrosaminas, capazes de promover mutação do material genético. "A multiplicação celular passa a ser desordenada devido ao dano causado ao material genético da célula. Esse processo leva à formação de tumores, principalmente do trato gastrointestinal", explica Fábio Gomes.


Telefone celular

Para 68% dos participantes da pesquisa, existe relação entre a radiação liberada pelo telefone celular e o desenvolvimento de câncer. O oncologista Artur explica que, de fato, existe tal associação (principalmente com tumores cerebrais) e que, apesar de discreta, ela merece atenção. A pedido da Organização Mundial de Saúde, 31 cientistas de 14 países revisaram estudos sobre a segurança do uso de telefones celulares. Os especialistas encontraram evidência suficiente para caracterizar o uso do aparelho como "possivelmente cancerígeno para humanos".


Obesidade

Apenas 32% dos participantes da pesquisa e 41% dos profissionais de saúde sabiam que a obesidade é um fator de risco para o câncer. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de um terço dos casos de câncer no mundo podem ser relacionados à obesidade. O oncologista Artur lembra que a obesidade, além de ser um hábito passado de pai para filho, também pode ser transmitida geneticamente. "Os hábitos que causam a obesidade, como a alimentação rica em gorduras e a falta de atividade física, afetam a família inteira", diz o médico.


Estresse

Mais de 90% dos participantes do estudo apontaram que o estresse pode ser o causador de câncer e eles estão certos. Alguns estudos já demonstraram que o estresse pode causar câncer indiretamente por enfraquecer o sistema imunológico e encorajar a formação de novos vasos sanguíneos para vascularizar o tumor. Outro estudo, publicado no The Journal of Clinical Investigation mostrou que hormônios como a adrenalina, liberada no momento de estresse, podem influenciar o crescimento e a metástase do tumor. A dica no especialista, entretanto, é para evitar o alarme exagerado. "Você precisa se autoconhecer, diferenciando situações de tensão comuns no dia a dia do estresse crônico, que causa alterações no organismo", afirma o oncologista Anderson Arantes Silvestrini, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.


Roupas apertadas

Roupas apertadas também foram citadas pelos participantes da pesquisa como um fator que aumenta a incidência do câncer. Segundo os pesquisadores do estudo e os especialistas entrevistados, não existe qualquer relação entre roupas apertadas e o desenvolvimento de tumores. O oncologista Anderson conta ainda que não há qualquer ligação entre a compressão, no caso o sutiã, e o câncer de mama.

Deixe a carne vermelha mais saudável

Acrescentar legumes ao preparo e evitar frituras são algumas dicas

POR CAROLINA GONÇALVES -




Quem resiste ao cheirinho de carne cozinhando na panela? Além de saborosa, ela é rica em proteínas e em nutrientes, como o ácido linoleico e a creatina, que promovem a perda de gordura, controlam o açúcar no sangue e melhoram o transporte de oxigênio para os músculos. Para aproveitar os benefícios sem prejudicar a saúde, é preciso escolher bem tanto o tipo decarne vermelha quanto o modo de preparo. "Opções gordurosas, como alcatra e picanha, podem trazer mais riscos do que benefícios", explica a nutricionista Ana Carolina Quireze, de Goiânia, que recomenda cortes magros: patinho, maminha e filé mignon. 

Outro cuidado importante é a quantidade adequada consumida. Segundo a nutricionista, a porção não deve ultrapassar o tamanho de uma carta de baralho e o consumo deve se limitar a duas vezes por semana. O excesso pode levar a complicações como colesterol alto e aumento da pressão arterial. Confira as melhores formas de preparar a carne vermelha e veja dicas para deixá-la mais saudável: 

Carne assada
Por não precisar da adição de óleos e outras gorduras, esse preparo é um dos mais saudáveis, pois permite aproveitar bem os nutrientes sem somar muitas calorias. Ana Carolina Quireze afirma que a carne assada na churrasqueira também é uma boa pedida, desde que seja ao ponto - nunca muito bem passada. "A casquinha de queimado que se forma por cima da carne é extremamente tóxica para as nossas células", justifica a nutricionista.  
Carne cozida - Foto: Getty Images
Carne cozida 
Embora a cocção faça com que o alimento perca alguns nutrientes, a nutricionista Paula Castilho, da Sabor Integral Consultoria em Nutrição, afirma que a carne vermelha é bastante resistente e não têm perdas significativas. Já o preparo no vapor é o que menos sofre perda de nutrientes, mas tem a desvantagem de ser mais demorado. "Se a pessoa não quiser perder nenhum nutriente, uma boa opção é cozinhar a carne e utilizar a água para preparar um molho ou risoto, por exemplo", sugere Paula. 
bife com legumes - Foto: Getty Images
Use água para fritar
Qualquer fritura é prejudicial à saúde e deve ser evitada. Segundo Ana Carolina Quireze, a temperatura elevada e o tempo de aquecimento causam alterações químicas no óleo utilizado, fazendo com ele deixe de ser uma fonte de gordura insaturada e vire gordura saturada, que em excesso pode causar diversas doenças. "Portanto, a fritura é prejudicial mesmo se realizada com óleos vegetais de boa qualidade", comenta.

A nutricionista afirma que não é necessário acrescentar óleo ou qualquer outro tipo de gordura às carnes no preparo. "Um bife de tamanho médio pode ser frito com apenas algumas colheres de água, ficando isento do acréscimo de gordura", diz. Para deixar a carne ainda mais saborosa, você pode acrescentar temperos - como mostarda - a essa água. 
bife à milanesa - Foto: Getty Images
Evite preparos à milanesa
Para fazer um bife à milanesa, é preciso não só fritá-lo em imersão no óleo, como também acrescentar farinha de trigo e o ovo ao preparo, tornado o prato ainda mais calórico. Caso você queira comer essa opção de vez em quando, é preciso tomar alguns cuidados com a fritura: "Utilize um óleo vegetal e aqueça pouco tempo e o mínimo possível, pois quanto maior a relação tempo/temperatura, maiores as alterações", afirma Ana Carolina. Outra ressalva é nunca reutilizar o óleo da fritura na alimentação - uma vez aquecido, suas propriedades não voltam mais a ser como antes. 
carne moída com batata - Foto: Getty Images
Carne de soja à carne moída
Para deixar a carne moída mais saudável, vale acrescentar porções de carne de soja ao preparo sem comprometer o sabor. "A soja é uma ótima opção, pois não tem gordura saturada e deixa o prato menos calórico", afirma a nutricionista Paula Castilho. Além disso, a leguminosa é rica em isoflavonas, um tipo de flavonoide que pode ajudar a diminuir o colesterol total e o colesterol LDL (colesterol ruim). 
panela com carne cozida e legumes - Foto: Getty Images
Enriqueça a carne com legumes
Carne com legumes é um ótimo casamento para a saúde e a dieta, ainda mais se eles forem opções bem diversificadas: brócolis, batata, cenoura, vagem, entre outras. "Quanto mais colorido estiver o prato, maior a diversidade e oferta de nutrientes", diz a nutricionista Paula.

Tanto a preparação cozida quanto assada pode ser enriquecida com legumes. Paula conta que as melhores opções de recheios para as carnes são os legumes e as castanhas. "Os primeiros, por serem ricos em vitaminas e minerais e de baixo valor energético; já a castanha é rica em gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, possui antioxidantes e atua diminuindo os níveis de colesterol", explica. Para que uma refeição com carne e legumes fique completa, é só acrescentar uma porção de arroz integral - um carboidrato complexo que tornará o prato de excelente qualidade.  
carne crua - Foto: Getty Images
Carne crua pede atenção
A ingestão da carne vermelha crua pode ser muito perigosa, pois o risco de contaminação é grande. "Pode-se contrair, por exemplo, doenças como toxoplasmose ou teníase", conta Ana Carolina Quireze. A primeira coisa a fazer é conhecer a procedência da carne. "Verifique a higiene do local onde foi adquirida, do profissional manipulador e se ela foi acondicionada à temperatura ideal", alerta a nutricionista.

Durante o preparo, lave bem as mãos e utilize sempre utensílios devidamente higienizados. Assim que a carne estiver pronta, coloque-a na geladeira para que a temperatura seja mantida até o momento de servir, diminuindo os riscos de contaminação.

"Mesmo que as preparações assadas ou cozidas sofram perdas de nutrientes, o que dificilmente acontece com a carne crua, não existe uma vantagem muito grande entre esses métodos", comenta Ana Carolina. Ela afirma que, para diminuir os riscos de contaminação, é até melhor perder um pouco dos nutrientes em vez de comprometer a saúde. 
carne recheada - Foto: Getty Images
Faça em casa!
Agora que você já sabe como deixar a carne mais saudável, que tal preparar uma refeição campeã? A nutricionista Ana Carolina dá uma sugestão de carne recheada muito saudável:

Ingredientes




½ quilo de fraldinha
50g de cenoura cortadas à juliene
30g de pimentão vermelho
50g de cebola
20g de salsinha picada
10g de alho amassado
2g de sal
1g de pimenta do reino branca
10 ml de azeite
100g de tomates maduros

Modo de Preparo
Misture o sal, o alho e a pimenta do reino e passe na carne aberta. Recheie com o pimentão, uma parte das cebolas e as cenouras. Amarre com barbante e sele a carne no azeite. Quando a carne estiver selada, acrescente os tomates maduros e o restante da cebola picada. Cozinhe até que a carne fique macia. Sirva com o próprio molho onde a carne foi cozida

Gente isso é muito importante leiam....

Gente isso é muito importante leiam....
Obesidade infantil e adolescente.



As causas da obesidade são muitas: má alimentação, sedentarismo, antecedentes familiares, hormonal.
As conseqüências são váriasaumento de colesterol, risco de contrair diabetes e doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e ortopédicos, provocados pela sobrecarga de peso, com lesão do sistema ósteoarticular, principalmente nos períodos de estirão do crescimento.
Bebês estão sendo superalimentados com leite em pó
Segundo um estudo produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), muitos bebês, que usam o leite em pó como principal alimento, estão sendo superalimentados nos seus primeiros meses de vida, o que pode explicar, em parte, por que a obesidade infantil vem aumentando tanto nos últimos 20 anos.
Algo de mágico deve existir no leite materno, porque as necessidades calóricas dessas crianças que são alimentadas exclusivamente de leite materno são cerca de 7% menor do que aquelas que se alimentam de leite em pó.
No mesmo sentido, vários países do mundo vêm estudando o papel da amamentação no peito na prevenção da obesidade. A relação existe, embora o mecanismo não seja totalmente entendido. Mas existem hipóteses que vão em três direções, e que podem ser complementares. Pela abordagem comportamental, amamentar no peito seria um sinal de que a mãe dá mais tempo e cuidados ao bebê. Desta forma, também continuaria se ocupando de sua alimentação depois que ele deixa o peito.
A segunda hipótese seria a da auto-regulação que o aleitamento proporciona ao bebê, que mama apenas o quanto precisa e pára quando está satisfeito. Na mamadeira as mães sempre acabam forçando, pois querem que o bebê ''tome tudo''.
Finalmente, a terceira explicação seria um estudo desenvolvido por uma equipe do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, EUA, que revelou que o leite materno contém uma proteína capaz de diminuir o risco de obesidade. Foi verificada a presença de altos níveis de uma proteína, a adiponectina, que regula como o corpo processa açúcares e as substâncias gordurosas do leite. Para os cientistas, a presença desta proteína no leite materno pode influenciar a obesidade do futuro adulto.
ERRO INICIAL
Em geral, os bebês preferem sabores doces e salgados aos amargos e azedos. Essa preferência tem uma explicação evolucionária: o doce é indicativo da quantidade de energia da comida, e a aversão a azedos e amargos uma forma de proteção contra alimentos estragados. Daí se chamar de ''paladar infantil'' aquela pessoa que só aceita sabores mais primários.
Quanto mais a criança for estimulada em experimentar o paladar de alimentos de sabores mais delicados, menos tolerante ela será ao excesso de sal e do açúcar, que é a condição ideal para a alimentação mais natural e integral.
Infelizmente, o inverso da equação também dá certo, ou seja, quando a criança se acostuma com refeições muito doces ou salgadas, acaba não conseguindo apreciar o sabor mais sutil de frutas e legumes.
A família toda deve ser envolvida na reeducação alimentar, senão não funciona. Dar o exemplo é fundamental. Educação alimentar talvez seja a melhor expressão, pois é como se muitas crianças - e adultos também - fossem analfabetas no assunto. Assim como quase tudo na vida, comer é algo que se aprende, e para isso o paladar deve ser treinado. Nesse processo, além do exemplo, pesa a determinação dos pais - que também precisam ser ''educados'', é claro.
Vale a pena insistir em apresentar um novo alimento à criança, em vez de ceder na segunda vez que ela disser que não gosta. Segundo estudos, é preciso oferecer uma comida nova cerca de dez vezes a uma criança até ela se familiarizar com o alimento.
Carinho que alimenta
Segundo pesquisa da psicóloga Patrícia Spada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a obesidade infantil muitas vezes decorre de uma dificuldade de comunicação entre a mãe e seu filho, desde antes da fala. Patrícia avaliou 92 mulheres com filhos obesos, de até 10 anos, em que a doença não tinha causas hormonais.
''Muitas mães de crianças obesas demonstram dificuldade em perceber o que o filho quer quando chora, que pode ser por fome, mas também pode ser por frio e necessidade de carinho. Acabam fazendo da comida o único vínculo entre eles'', explica a psicóloga. Assim, o ato de comer passa a ser fonte não só de energia, mas também de afeto.
Pais não querem enxergar a obesidade dos filhos
Pais de crianças e adolescentes custam admitir que seus filhos estão acima do peso, segundo uma pesquisa (Hospital Derriford, em Plymouth, Inglaterra) com os pais de 277 crianças obesas, quando apenas 25% deles admitiam que seus filhos estavam com excesso de gordura corporal.
Um terço das mães e um pouco mais da metade dos pais disseram que elas estavam com o peso "normal". Tal fato pode sinalizar uma relutância em admitir um problema ou por comodismo, já que estar acima do peso se tornou algo comum.
Mas para resolver tal problema é fundamental o reconhecimento e a participação dos paisAfinal, é quase impossível que as crianças resolvam esse problema sozinhas.

Dizer que criança gordinha é criança saudável é coisa do passadoHoje é consenso que criança saudável é aquela que está dentro do seu peso e tem uma alimentação equilibrada. Sabemos que 80% das crianças obesas se tornarão adultos obesos. E quanto mais cedo essa obesidade se apresentar, mais doenças associadas a ela vão surgir. Diabetes, hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicérides levam a doenças do coração e problemas ortopédicos. E, pasmem, a obesidade está ligada até ao câncer.

Para saber se seu filho está acima do peso, o médico irá calcular o IMC (peso dividido pela altura ao quadrado) e aplicá-lo a uma curva de crescimento.
Crianças obesas têm mais chance de doença cardíaca
Pesquisadores da Universidade de Tulane, EUA, baseados no mais recente estudo sobre a obesidade infantil, afirmam que crianças com excesso de gordura corporal tendem a ter o ventrículo esquerdo do coração maior quando crescem, aumentando as chances de doenças cardíacas.
Os dados mostram uma necessidade de prevenir problemas de peso ainda na infância, evitando sobrecarregar o coração com carga extra da pressão sanguínea, e outros problemas de saúde correlatos, que podem contribuir para uma mudança na estrutura do coração.
Promover uma mudança no estilo de vida das crianças é a melhor maneira de combater o avanço da obesidade infantil.
Apesar da desnutrição ainda ser uma realidade brasileira, 70 milhões de brasileiros (40% da população), estão acima do peso adequado.
Levantamento nacional feito em 1975 e 1997 mostra que a obesidade aumentou de 8% para 13% em mulheres, de 3% para 7% em homens e de 3% para 15% em crianças.
E segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% em 20 anos. Esse dado assustador se deve aos hábitos alimentares inadequados e pouca atividade física.
Além do sedentarismo que atinge nossas crianças, os alimentos tradicionais da cultura brasileira (arroz, feijão, carne, saladas, legumes e frutas) foram substituídos por alimentos industrializados de alto valor calórico, mas nutricionalmente pobres (caloria vazia). Nos lanches, ao invés de frutas ou sanduíches leves, as crianças comem salgadinhos industrializados, frituras, biscoitos recheados e refrigerantes.
A solução para esse grave problema de saúde pública, é promover mudanças no estilo de vida da população.

1.Praticar atividades físicas diariamente por pelo menos 30 minutos: caminhar, andar de bicicleta, jogar bola, correr, nadar. Temos de incentivar a prática da atividade física prazerosa e criativa. A atividade física adequada depende da aptidão e da escolha da criança. Exercitando-se com prazer, ela não abandona o esporte.


2.Fazer todas as refeições com os alimentos adequados para cada uma delas: café da manhã, lanche, almoço, lanche vespertino, jantar e ceia.


3.Não substituir água e sucos naturais por refrigerantes ou sucos artificiais.


4.Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes diariamente, em especial os da estação.


5.As refeições devem ser feitas à mesa, com tranqüilidade.


Nunca é tarde para ensinar bons hábitos alimentares aos nossos filhos. E quanto mais cedo começarem as mudanças, melhor. Instalar hábitos alimentares saudáveis aos três anos é mais fácil do que quando a criança está com 10 anos. Se a criança já está gordinha, sinal de problema e não é hora de cruzar os braços e deixá-la comer o que quiser. Tratado o problema no seu início as chances dela tornar-se um adulto obeso ou com um manequim padrão são as mesmas: de 50%. Já um adolescente obeso reduz para cerca de 20% a sua probabilidade de vir a ter um peso normal um dia, se não interromper o ciclo vicioso que o leva a comer em excesso.



Dez erros a serem evitados
1. Brincadeiras e distrações: hora de comer é hora sagrada, evitar distrações, visitas, telefonemas, fazer aviãozinho. Cuidado com os mimos e a manha;

2. Sempre dizer sim: criança sem limites abusa na quantidade e na péssima escolha do alimento. Deve-se buscar ser mais liberal em outras situações;


3. Ceder ao primeiro não gosto disso: a criança tende a dizer que não gosta do que nunca provou. Cada um pode comer o que quiser, mas experimentar é fundamental;


4. Comida como recompensa: ''coma esta salada para ganhar a sobremesa'' passa a idéia de que salada não é bom e que a sobremesa é tudo de bom;


5. Lanches fora de hora: o ideal são 6 refeições diárias, e evitar beliscar fora de hora;


6. Chantagem: ''se não comer a cenoura, não ganha presente''. Isso só vai aumentar o ódio que a criança sente dos legumes;


7. Substituir refeições: não quer arroz e feijão, então toma só a sobremesa. Esse erro é muito comum, e se a criança conseguir uma vez, vai repetir a estratégia sempre;


8. Tornar o comer na rua um programão: a comida de casa vai ficar meio sem graça;


9. Falta criatividade na comida: a criança vai enjoar;


10. Dar o exemplo: não adianta mandar tomar sucos e beber refrigerante.


   Pessoal isso é coisa séria....e  eu particularmente como mãe,tenho a plena certeza que somos responsaveis por isso...talvez alguem possa me criticar,mas é minha opinião....eu crio meu filho ,eu q o alimento eu sou ''culpada de seu disturbio alimentar''  Cuidem de seus filhos ,pois eles fazem o que nos falamos  que é certo comem o que nos falamos que é bom ,são inoscentes.   (Educação vem de berço)


Os 20 vilões das nossas refeições!!!!




Alimentos q são saudaveis







Os 20 vilões das nossas refeições!!!!

Conforme pesquisa recem criada pelos cientistas americanos ,veja o ranking dos alimentos,claro que não precisam ser abolidos de nossas refeições mas devemos moderalos. 
 Estes são:
Alimentos


Peito de peru sem pele: 48 pontos
Peito de frango: 39 pontos
Lagosta: 36 pontos
Lombo de porco: 35 pontos
Carne bovina: 34 pontos
 Hambúrger bovino: 30 pontos
Bisteca de porco: 28 pontos
Asa de frango: 28 pontos
Cordeiro: 28 pontos
Pernil de cordeiro: 28 pontos
Presunto: 27 pontos
Costela suína: 25 pontos
Coco: 24 pontos
Costela de vaca: 24 pontos
Salame: 7 pontos
Peito de peru com pele: 31 pontos
Vitela: 31 pontos
Costeleta de vitela: 31 pontos
Lombo bovino: 30 pontos
Coxa de frango: 30 pontos


Achei muito interessante esse post: publicação da revista Abril

Comida Meu Bem Meu Mal: Créditos a revista Abril por ADRIANA TOLEDO / design ANA PAULA MEGDA / Por que certos alimentos, especialmente os mais doces e gordurosos, conferem a sensação de prazer em momentos de depressão e ansiedade?





“Durante experiências depressivas ou ansiosas, a necessidade de obtenção de prazer por meio de um sistema de recompensa costuma se exacerbar”, explica o psiquiatra Alexandre Azevedo, coordenador do Grupo de Estudos em Comer Compulsivo e Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo. “E os alimentos cheios de açúcar e gordura, como o chocolate e os molhos, por serem mais saborosos, proporcionam essa sensação depressa”, complementa a endocrinologista Ellen Paiva, diretora do Centro Integrado de Terapia Nutricional, na capital paulista.


As limitações impostas por uma restrição alimentar são capazes de se tornar frustrantes a ponto de conduzir a um estado de depressão?


“Sim, já que comer e beber, além de conferir bem-estar, faz parte dos rituais de socialização”, opina Lara Natacci, autora do livro Anorexia, Bulimina e Compulsão Alimentar, da Editora Atheneu. “Ou seja, uma dieta muito rígida não só priva o indivíduo do prazer que os alimentos oferecem como também conduz ao isolamento, favorecendo o estado depressivo.”


A partir de que ponto recorrer à comida como válvula de escape se torna prejudicial?

“Nunca a perda de controle e o aumento excessivo de um padrão habitual podem ser considerados algo positivo”, dispara Azevedo. “Às vezes, nos alimentamos quando estamos sem fome, em ocasiões festivas ou de confraternização. Entretanto, comer por tristeza ou melancolia traz o sentimento de culpa, o que é ainda pior do que o próprio exagero”, completa Ellen.

Que problemas na relação com a comida podem culminar em um transtorno alimentar?

“Não raro tudo começa com uma simples dieta para eliminar alguns quilos”, avisa Lara. Segundo ela, é comum que a pessoa passe a reprimir a fome até chegar a um ponto em que deixa de manifestar esse impulso. “Também existem evidências de que a pressão social pela boa forma na adolescência, os traumas de infância, o perfeccionismo e a presença da doença na família colaboram com esses distúrbios”, conclui.

Quais os perigos de transferir o vício de um item potencialmente nocivo, como o álcool e o cigarro, para os alimentos?


Antes da resposta, Alexandre Azevedo faz uma correção: “Existem substâncias capazes de provocar dependência química, como o álcool, o tabaco e as drogas ilícitas, diferentemente da comida, que, portanto, não promove vício”, esclarece. Algumas pessoas, porém, tendem a apresentar um comportamento compulsivo. “Ao parar de fumar, é esperado que o indivíduo se sinta ansioso e busque nos alimentos o alívio para esse sentimento”, afirma Lara Natacci. “Existem casos também em que o hábito mecânico de acender um cigarro ou beber um copo de uísque é substituído pelo de comer compulsivamente”, conta.


Por que alguns alimentos se tornam proibitivos?

“Quando itens muito calóricos, ricos em gorduras saturadas ou açúcares são ingeridos de maneira abusiva, eles se tornam verdadeiros promotores de doenças”, afirma Ellen Paiva. No rol das enfermidades, estão inclusos o diabete, a obesidade e os problemas cardiovasculares. “Mas as grandes porções e a frequência de consumo é que são os vilões. Consumido em pequena quantidade, nenhum alimento precisa ser banido do cardápio, exceto se houver dificuldade em controlar sua ingestão”, responde a endocrinologista.


Por que algumas pessoas perdem a fome quando estão tristes ou nervosas?


“De fato, há indivíduos que reagem dessa maneira. Outros, diferentemente, apresentam o aumento do apetite. Ou, então, não observam mudanças diante de uma situação de tristeza ou de ansiedade”, revela Azevedo. De acordo com o psiquiatra, o elo entre essas emoções e a vontade de comer seriam os neurotransmissores, substâncias que conduzem informações elétricas entre os neurônios, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. “Eles regulam tanto o estado de humor como o equilíbrio entre a fome e a saciedade”, explica. Em outras palavras, quando esses condutores químicos são alterados devido a questões emocionais, pode ocorrer um desequilíbrio no apetite.


É verdade que as mulheres têm maior tendência a utilizar a comida como uma válvula de escape do que os homens?


“Nem sempre. Comer compulsivamente como uma forma de compensar o estresse pode ser uma característica tanto feminina como masculina”, avalia Lara Natacci. Mas, de acordo com a nutricionista, o fator hormonal é um agravante no caso delas. Isso porque, no período pré-menstrual, algumas enfrentam uma redução nos níveis de serotonina, que, conforme mencionamos anteriormente, é fundamental para o bem-estar. “Aí a tendência é que abusem do chocolate, por exemplo. Ele é rico em triptofano, substância precursora de serotonina”, justifica. Até porque, pelo simples fato de serem saborosas, as guloseimas promovem o prazer imediato, o que ajuda a atenuar o desconforto emocional típico dessa fase do ciclo.


                                              Dicas para um coração saudavel




•Coma menos sal. Isso ajuda a diminuir a pressão alta e pode diminuir o risco de doença cardíaca. Evite alimentos muito com muito sódio como: embutidos, frios, enlatados, em conserva, temperos industrializados, sucos em pó, e refrigerantes.Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, a obesidade já atinge 10% das crianças e 20% dos adolescentes brasileiros. Ela está presente em todas as classes sociais e já se tornou um problema de saúde pública.


•Coma menos açúcar e prefira os doces a base de frutas.
•Diminua o consumo de carne vermelha e coma mais carnes brancas (peixes e aves).
•Troque os alimentos refinados (pão branco, bolachas, massas, etc.) pelos integrais.
•Troque leite e iogurtes integrais, queijos gordurosos (mussarela, prato, catupiry, provolone) por queijos magros (ricota, cottage, queijo branco) e leite e iogurte desnatados.
•Substitua preparações gordurosas como à milanesa, empanadas, à parmegiana e fritas por preparações cozidas, assadas, grelhadas, ensopadas e refogadas.
•Substitua temperos industrializados por ervas naturais como: manjericão, salsinha, coentro, alecrim, etc.
•Substitua margarinas e óleos vegetais por azeite extra virgem que é rico em gorduras monoinsaturadas (gorduras do bem) e ajuda a manter o coração saudável.
•Coma mais fibras. Comer fibras de frutas, vegetais, aveia e grãos pode ajudar a diminuir as chances de doença cardíaca.
•Consuma mais Omega 3 - nozes, castanha, linhaça e peixes são ricos nessa substância!
•Consuma mais Vitamina E – nozes, vegetais verdes escuros, ovo, leite, grãos e cereais integrais. Eles ajudam na circulação, por isso é essencial para a prevenção de doenças cardíacas.
•Consuma mais tiamina (B1). É uma vitamina do complexo B que também protege o músculo cardíaco. Boas fontes: germe de trigo, o fermento, a camada exterior de grãos, cereais, leguminosas, nozes, ervilhas, legumes, verduras, leite, ovo e banana.
•Ácido fólico + vitamina B12 auxiliam na remoção da homocisteína no sangue. Altos índices de homocisteína estão relacionados com doenças cardíacas. Coma mais vegetais de folhas verdes tais como espinafre, alface, cogumelos, carnes brancas, leite, ovos, bananas e nozes.
•A niacina (B3) é essencial para a regulamentação e manutenção do sistema circulatório e redução do colesterol. Está presente no brócolis, cenoura, queijos, tâmaras, ovos, leite, e germe de trigo,
•Vitamina C. Quem consome mais vitamina C tem menos chance de desenvolver doenças do coração. Fontes: laranja, limão, acerola, manga, goiaba, brócolis e couve.
•Os Flavonóides protegem a saúde das artérias. Inclua na sua alimentação: chá verde, frutas vermelhas (cereja, uva, jaboticaba, mirtilio, amora, framboesa, morango), berinjela, cenoura, maçã, tomate, chocolate amargo, brócolis e soja.
•Mexa-se!! Pelo menos 30 minutos de caminhadas diária é fundamental para manter o coração saudável.
•Não fume! Fumantes tem mais chances de desenvolver doenças cardíacas.
•Mantenha um peso saudável! Se você estiver acima do peso, você estará forçando o seu coração.
•Relaxe e não estresse!Pessoas estressadas tem mais chances de desenvolver problemas cardíacos.

Creditos : Dra. Michelle Ferreira De Simone

Nutricionista CRN-19020




Cuidados com a saúde no inverno



Mais um inverno chegou, e com ele o frio e as famosas gripes, resfriados, espirros, tosses, etc...


É certo que nessa época a incidência de doenças respiratórias é maior, pois além do ar mais seco e da piora da poluição (o primeiro ressecando e o segundo irritando a mucosa respiratória), o frio faz com que os ambientes fiquem mal ventilados, com portas e janelas fechadas para evitar a entrada do indesejável intruso.

Como dizia aquele antigo jingle de uma loja de tecidos "não adianta bater, eu não deixo você entrar...". Contudo, o verdadeiro intruso não é o frio, mas sim os vírus e as bactérias que, aproveitando o ambiente aconchegante, a falta de ventilação e as mucosas respiratórias mais sensíveis, transmitem-se de uma pessoa a outra rapidamente e sem qualquer preconceito.


O curioso é que o frio sempre acaba levando a fama. Porém, vários estudos já foram realizados durante os meses de inverno, comparando dois grupos de pessoas: um ficava protegido em ambientes com aquecimento e sem se expor ao frio, enquanto que o outro ficava exposto à chuva e ao vento.



Nenhum desses trabalhos conseguiu provar que a exposição ao frio aumenta a incidência de doenças respiratórias e alguns, inclusive, descreveram um maior número de casos de resfriados e gripes no grupo "protegido". Protegido?


Considerando-se, então, que o maior culpado pelas gripes e resfriados não é o frio, recomenda-se manter os ambientes bem arejados evitando-se os locais abafados e com muitas pessoas. Além disso, é aconselhável ingerir muita água e cuidar para que o organismo esteja sempre hidratado, o que ajuda a manter as mucosas respiratórias em boas condições.


No inverno também é comum a piora das doenças alérgicas respiratórias. A falta de ventilação nos ambientes aumenta a concentração dos alérgenos, entre eles os ácaros, espalhados por todas as superfícies e também presentes naquelas velhas blusas e casacos de lã que são "desenterrados" dos armários, carregados de pó. O recomendável é que todas as blusas e cobertas guardadas desde o último inverno sejam lavadas antes do uso.


Outro cuidado importante é com a pele, que exposta ao frio e ao vento fica ressecada e pode até sofrer rachaduras nos lábios e na face. Nestes casos, os vilões realmente são o frio e o ar seco recomendando-se o uso de cremes hidratantes, além de se evitar banhos muito quentes e prolongados.


Caso as recomendações acima tenham sido seguidas, e mesmo assim aquela coriza, irritação da garganta e um pigarro enjoado chegarem sem dó, não se preocupe. No inverno é assim mesmo, pois essa é a alta temporada para os vírus e as bactérias do trato respiratório. No entanto, se os sintomas piorarem com febre, debilidade e tosse mais intensa, não hesite em procurar seu médico para uma avaliação. Afinal, ninguém quer dar hospedagem para tais intrusos.



Dr. Adilson Gomes


Diretor Técnico




























“O que REALMENTE significa ter ansiedade”

Este texto foi originalmente publicado no site  Thought Catalog , por  Kirsten Corley , e é, de longe, o texto mais simples, direto e es...